O QUE É O AMOR?
– autoria: Indira Moretti
Amor não é partícula atômica, presente no âmago das moléculas que nos compõem.
Amor não é herança genética, presente em nossos cromossomos. Não é magia, nem emoção.
É um sentimento robusto, fundamentado, bem estruturado, que só germina em solos férteis e manifesta-se de múltiplas formas.
Metaforicamente, amor é uma semente que repousa no mais profundo de todos os seres. Somos todos capazes de amar e expressar amor.
O amor é a mais singela manifestação de todos os atributos do Criador em nós.
E mesmo sendo o mais nobre de todos os sentimentos, não é fácil amar, porque amar é arte. E assim sendo, caminha além da razão, além de fatos, ou explicações plenamente tangíveis.
Aprender a amar é uma atividade tão simples e natural, quanto complexa e profunda – requer ação/reflexão.
Sabe por que? Porque amar é verbo. E verbo é ação/movimento. Amar não está no campo da inércia, é uma atividade relacional, pois não se manifesta sem que haja interlocutores.
E atuar com interlocutores nos faz cair nas tramas das relações humanas, desafiando nossos limites. Entre o simples e o complexo, amar é sentimento pautado em compreensão, que se faz possível na margem do Tempo, através do real entendimento de si e dos outros, das circunstâncias e dos fatos.
Entendimento e compreensão são alcançados através de reflexão. Não uma reflexão qualquer. Uma reflexão regada de paciência, tolerância, flexibilidade, compaixão e empatia. Onde a generosidade, a gratidão e o perdão são elementos importantes.
Ainda assim, nada disso caminha no âmbito da lógica ou da razão, pois há um limite tênue no exercício de amar – aquele que caminha além da intencionalidade.
Somos esculpidos por Mãos Maiores, então… Quando nos deixamos lapidar, aprendemos a amar a nós e aos demais.
Independente da amplitude de alcance ou das diferentes formas que se manifesta, amar é a mais singela e profunda manifestação do Divino em nós.
Amar é clareza de entendimento – águas cristalinas.
É a expressão suprema, que supera os fatos.
Que nos faz recuar frente aos julgamentos que distorcem os retratos.
Amar é verbo, e verbo designa ação.
Plante este em vosso jardim, tenha sempre amor em mãos.
(…e nada disso encerra a amplitude do assunto!)