O CANTO PRIMORDIAL

– autoria: Indira Moretti

 

Olhos fechados, o sussurro do vento…

Canto primordial.

O que de fato é o amor,

Em sua essência colossal?

 

Chama acesa em nosso peito.

Nobre e sublime sentimento.

Faz o Grande sentir-se pequeno.

Transborda sem nosso consentimento.

 

Força que endireita a trajetória.

Que nos motiva a corrigir passos.

Iluminando nosso olhar.

Levantando-nos após fracassos.

 

Tanto freia, quanto impulsiona a mão.

Clareza que nos conduz à sapiência.

Motivando a perdoar e prosseguir.

Que nos curva, implorando paciência.

 

Força capaz de fazer curvar um rei.

Que nos ajuda a olhar além.

Que nos faz prosseguir, continuar.

Evidenciando a hora do amém.

 

Presente na voz interior que sussurra em nosso ouvido,

Quando pequenos nos sentimos e nos entregamos num gemido.

 

Força que nos faz recuperar o fôlego, preenchendo nosso peito.

Para melhor enxergarmos os fatos e em sabedoria darmos um jeito.

 

A mesma capaz de mudar o mundo.

Quando nos motiva, quando nos toca fundo.

 

Que nos conduz a ajustar o foco, quando assustados recuamos.

Essa voz interior que sussurra em nosso ouvido.

Que somente no silêncio podemos escutar.

Ensinando-nos a viver  e escutar não apenas o próprio gemido.

 

Amar é compreensão de que mesmo quando falta clareza sobre os fatos,

Devemos recuar os julgamentos que distorcem os retratos.

 

Amar é verbo, e verbo designa ação.

Plante este em vosso jardim, tenha sempre amor em mãos.