MESMO LÚMEN

– autoria: Indira Moretti

 

Era um “não sei que” de outro alguém,

Um “não sei que”, parte de mim.

Frente a frente, mesmo reflexo.

O mesmo lúmen, nada perplexo.

Era qual brisa vespertina, no rosto suado do trabalhador.

Era o repousar por sobre o peito, viver, morrer daquele jeito.

Um “não sei que” simples, complexo.

Mesmo lúmen, um só reflexo.

Qual brisa leve, ventilar, nada dizer.

Hora correta de respirar, hora certa de se viver.

Um “não sei que” solto no ar.

Um “não sei que”…

Bem mais que sei.