DÉCIMA TERCEIRA PARADA: UMA HEISTÓRIA

autoria: Indira Moretti

 

Era uma vez uma fictícia história,

Por mim jamais narrada.

Carente de explicações,

Das que possam ser criadas.

 

Uma estória esquisita, difícil de ser contada,

De um mal feito ocasional, atitude impessoal.

Explicação? Será inventada!

 

Eis que num momento de descuido,

E de fúria não resguardada,

Escapou-se. Sim, por querer.

 

De um mal feito não simpático,

Deste “eu” idiopático.

Carecendo esclarecer.

 

Vou citar devagarinho.

Ansiando com jeitinho,

Esse dano reverter.

 

Sobre um, a quem só cabe,

Pelo que faz, pelo que sabe,

Dupla honra conceder.

 

Por seus feitos

E seu jeito,

De a vida conceber.

 

Competência e postura.

Atitude? Sim! Segura!

Devo assim reconhecer!

 

A quem não cabe julgar,

Nem jamais avaliar,

Devo mesmo agradecer.

 

Pois em tudo o que faz,

Montra um zelo mui tenaz.

Falhas? Ponho-me a reconhecer!

 

Essa heistória é complicada,

Deve então ser retratada,

Pois sem ter a quem culpar,

Caiba então me desculpar.

 

Que me caiba então dizer,

Pois não vou retroceder:

Que lhe rendo reverência,

Por sua ética e sua ciência.

 

Peço-lhe então com honradez,

Que me perdoe a estupidez.

Que perdoe o meu jeito,

O mal feito, tão sem jeito…