SÉTIMA PARADA: OVERDOSE

autoria: Indira Moretti

 

Um dia a morte chegará.

E com ela tudo que é protuso silencia.

Corpo quente.

Vivo,

Morto.

Morto!

Infame!

Quente…

Moribundo.

Entorpecido!

Juventude que ofende.

Só lamento.

Dor, dano, sofrimento.

Desilusão, fio rompido, solidão.

Morto! Vivo!

Quente! Infame!

À quem cabe julgar?

Observa…

Se indigna?

Silencia.